sábado, 1 de fevereiro de 2014

E com as sobras...

Como já disse anteriormente aqui, umas das consequências de comprar maioritariamente produtos de agricultura biológica é ponderar muito bem o que compro sem grandes desvios daquilo que é mesmo necessário. Neste sentido, também passei a valorizar os restos que ficam das refeições e cada vez mais faz-me muita confusão deitar comida fora, ainda que em pouca quantidade.
Sempre fui habituada a comer comida aquecida e aproveitar as sobras das refeições, no entanto, devo confessar que muitas vezes acabavam por ficar esquecidas e iam para o lixo na mesma. Ultimamente isso é raro acontecer: procuro sempre usar as sobras na refeição seguinte recriando novos pratos. Restos de carne ou peixe, por muito pouco que fique, uso para fazer risotto ou trituro e incorporo em molhos para acompanhar massas. No Verão incorporo restos de arroz, leguminosas, em saladas frias. Mas o meu "aproveitamento" preferido é fazer uma fritatta, ou melhor, uma omelete com as sobras de arroz. Foi o que aconteceu ontem ao jantar: ficou um pouco de arroz de salmão que não dava para os quatro e então fiz uma fritatta. Fiz um refogado com cebola, alho e salteei depois cenouras, acelgas, espinafres e sementes de sésamo. Depois de mexer uns ovos, incorporei o resto do arroz, os legumes salteados, queijo parmesão ralado na hora e por último salsa e coentros picados. Depois de ir ao fogão numa frigideira, como uma omelete, levei ao forno para tostar por cima.
O resultado final resulta sempre num prato colorido, saboroso, em que as ervas aromáticas frescas no final fazem toda a diferença. Acreditem que vale mesmo a pena, não só porque se aproveitam as sobras recriando-as, como acaba por ser um prato simples, rápido de fazer e muito bom. No verão costumo incorporar tomate e pimentos, para além de ficarem excelentes ficam com uma apresentação ótima.




Este é também um prato que as minhas filhas adoram e mais uma oportunidade de comerem vegetais frescos sem grande stress: por norma, a cor verde não é um problema e marcha tudo!
 




A mais nova, inclusivamente, pediu para repetir. Levantou o prato já limpo e do alto dos seus dois anos disse: "Mais!", qual Oliver Twist que se atreve a pedir para repetir a refeição no refeitório do orfanato com a malga na mão (não sei porquê mas lembro-me sempre desta cena). Ei-la (pronto, aqui foi para a foto mas acreditem em mim: é mesmo assim que ela faz!):
 


Devo, também, dizer que desta vez tive ajuda na confeção do jantar: primeiro foi a mais velha que me pediu para ajudar e quando dei por mim já a mais nova arrastara uma cadeira e muito atenta observava o que fazíamos. Acabaram as duas por mexer os ingredientes e a ouvir a minha explicação, muito atentas, do que era um refogado, como se fazia, da importância de escolher bons ingredientes para a nossa saúde e não deixei de sentir uma pontinha de vaidade quando a mais velha disse: "Mamã, quando eu for grande vou aprender a cozinhar como tu!".


2 comentários:

  1. A vontade é bem visível. :) Devia estar uma delícia.

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    1. Olá Woman once a bird,
      Obrigada pelo seu comentário e elogio. Quero felicitá-la por ter sido a primeira a comentar o meu blog. Espero que continue a visitar-me ;)

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